sexta-feira, 25 de julho de 2014

Na Capa do Livro: Como Fazer Maquiagem de Katniss Everdeen

Olá, pessoal! No meu primeiro post ensinarei uma adaptação da maquiagem glamurosa da Katniss Everdeen, de Hunger Games. No filme, ela usa cristais abaixo dos olhos e um olho preto esfumado. Como a maioria das pessoas não vai querer ficar grudando pedrinhas, recriei o look dela de maneira que ele fica mais fácil e usável!


Para recriar a maquiagem dos olhos, esfumei um lápis preto na linha dos cílios, alongando um pouco, fazendo um delineador de gatinho esfumado! No lugar dos cristais, utilizei sombra prata e um delineador em glitter prateado, super prático e não faz bagunça! Dá um efeito super luminoso e chama muito a atenção! Katniss usou cílios de penas, bem compridos nos cantos externos nos olhos. Para pouparmos os pássaros e deixarmos a maquiagem mais prática, optei por cílios de pelos artificiais, mas que também alongam no final, levantando o olhar e dando o toque final de glamour! Escureci o côncavo com sombra marrom mate e iluminei bastante abaixo da sobrancelha e os cantos internos dos olhos.


Para o resto da maquiagem, mantive a pele impecável e bem iluminada. Katniss usou um blush mais escuro, voltado para o ameixa, e um batom prata! Uma maquiagem muito simples que vai chamar a atenção por onde você passar!
É isso! Boa sorte e divirta-se!

Escrito por Najuh Mantovani 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Entre Eu e o Livro: Minha Primeira Leitura


Começar a ler, na minha experiência, não foi nada fácil. Eu simplesmente ODIAVA ter que ler. Me sentia obrigada, forçada a fazer uma coisa pela qual não sentia prazer algum. E vamos combinar né, quando somos crianças temos coisas muito mais importantes para fazer. 
Lembro de quando meu pai lia historias para mim e meu irmão antes de dormir. Ah, isso sim, eu amava! Ouvia diversas delas: contos de fadas, biografias (sim, do tipo: Martin Luthor King e Lutero) e muitas vezes até me metia no meio da história para mudá-la e deixá-la mais interessante. 
O problema foi quando meu pai disse que eu tinha que ler, quando a escola me obrigava a ir na biblioteca e escolher um livro pra semana. Eu não suportava. Achava que todos os livros eram chatos, entediantes e insuportáveis. Eu ficava indignada com livros sem imagens e quanto mais páginas, maior meu desespero.
Quando alguém me diz que não gosta de ler, eu entendo de verdade por que meu primeiro contato com livros foi horrível e eu sei como é se sentir dessa forma.
Apesar disso, meu pai não desistiu. Ele sempre me dizia o quão importante é a leitura e eu não ligava muito. Foi aí que ele teve uma ideia genial: me pagaria dois reais por livro lido (desde que eu o contasse a história). Eu sei que dois reais parece muito pouco, mas naquela época, com minha mentalidade infantil, aquilo era uma fortuna! Mal pude acreditar que teria meu próprio dinheiro!
Então, fui correndo à biblioteca da escola escolher meu primeiro 'ganha-pão'. Mais uma vez me deparei com aquela sensação de desespero, de que talvez aqueles dois reais não valeriam a pena. Maaaaaas, como toda criança espertinha, resolvi pegar o livro mais fino possível. Perguntei pra bibliotecária se aquela era uma história legal, e ela me disse que era um romance fofo e que eu iria amar. "Ok", pensei comigo mesma, "duvido, mas é pequeno, então ta valendo". 
Com 11 anos de idade, estava levando pra casa o primeiro livro em que eu havia realmente parado pra pensar ao escolher. Por mais que os critérios fossem idiotas, não deixou de ser uma escolha minha, livre e espontânea. Me lembro desse livro até hoje, e já cheguei a lê-lo umas três vezes. Foi através dele que me apaixonei por esse mundo tão lindo que é a leitura. Me senti super satisfeita ao ler a história. Contei pro meu pai, ganhei meus dois reais e ja fui correndo atrás da continuação (nada como pegar uma serie pra ler sem saber). Tudo bem que eram livros finos, mas eram 14!
Eu li TODOS, procurei outros livros da mesma autora, e conforme ia mergulhando nas enormes possibilidades de leitura, ia me esquecendo dos dois reais. Lia livros tão rápido que meu pai perdia a conta e eu perdia o interesse de cobrar o dinheiro. Ler outro livro passou a ser mais interessante que qualquer outra coisa. Cheguei ao ponto de minha professora me dar bronca em sala de aula por não prestar atenção e ficar lendo 'escondido' com o livro em meu colo. 
Desde então eu sou exatamente assim: obcecada por livros. 
Enfim, essa é a minha história. Qual é a sua?

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Da Estante à Tela: O Lado Bom da Vida

   
                                                

Sinopse do livro: “Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele ‘lugar ruim’, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um ‘tempo separados’. Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.”

Sinopse do filme (uma das várias existentes na internet): “Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solatano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá provocar mudanças significativas em seus planos futuros.”


 Olá pessoal! =) 
 Primeiro post! Uhul! Devo dizer que estou super animada em escrever no blog e espero fazer um bom trabalho – e por bom trabalho quero dizer convencer cada vez mais pessoas a lerem livros e dar uma chance para suas adaptações cinematográficas!  Como diz meu perfil, meu nome é Tayná e vou – juntamente com minha amiga/vizinha Bárbara – fazer comentários sobre as adaptações dos livros de que tanto gostamos!
 Sem delongas vamos ao que interessa! Para minha primeira “análise” escolhi o livro “O lado bom da vida” (“The Silver Linings Playbook”) de Matthew Quick, publicado em 2008 e adaptado para o cinema em 2012, com direção de David O. Russell. A escolha foi baseada em três coisas simples: 1- Este livro foi minha aquisição mais recente; 2- Adorei o filme e 3- Quis aproveitar a tsunami de sucesso da Jennifer Lawrence e a beleza do Bradley Cooper para chamar a atenção de vocês a partir daí hehe.
 Uma coisa realmente reconfortante logo na capa do livro é a seguinte frase: “O livro que inspirou o filme”. A palavra para a qual quero chamar a atenção é “INSPIROU”, pois de fato foi isso o que aconteceu uma vez que o filme tem o que seria uma versão alternativa da história narrada no livro, então se você aceitar essa palavra em seu coração não ficará decepcionado, raivoso ou triste por não encontrar sua passagem preferida retratada nas telas ou ver que algumas coisas simplesmente sequer existem no papel. Temos então dois “Pats” e suas respectivas histórias, vamos vê-las separadamente ok? 
O LIVRO

Pat Peoples ficou 4 anos internado numa instituição psiquiátrica, mas não lembra o porquê de ter ido para lá e nem de ter se passado tanto tempo. Para ele seu casamento ainda existe, só está no “tempo separados” que Nikki – a esposa- pediu quando ele foi internado. De volta à casa dos pais, agora viciado em exercícios físicos, otimismo e em “praticar ser gentil ao invés de ter razão”, Pat tenta melhorar a si mesmo para ser um marido melhor. É até inspirador na verdade, o modo como ele acredita que tudo vai dar certo e como se empenha para mudar. Faz a gente acreditar que todo esse esforço realmente será compensado, mas há também momentos em que nos cansamos de procurar arco-íris e unicórnios o tempo todo... e o jeito sensível e chorão do protagonista irrita um pouco. O pai dele não é lá muito paternal, não fala com ele e só está de bom humor quando o time de futebol americano (pra quem toda a família é fanática) Eagles, vence uma partida. “E-A-G-L-E-S! EAGLES! Voem, Eagles, voem. Em direção a vitória!” – sim eu já decorei, não foi difícil já que a frase aparece em praticamente todo capítulo. O irmão Jake é bem legal, sempre defende e apoia Pat (confesso que tive que segurar o choro toda vez que ele dizia “eu te amo”, porquê acho muito bonito quando homens falam isso sem ter vergonha). A mãe é uma fofa, ama o filho de paixão e faz de tudo por ele – é ela quem o tira do “lugar ruim” no começo da história. O marido é meio ogro com ela, o que nos deixa – Pat e eu – com certa raiva. 
Dr. Patel é o terapeuta (“o melhor terapeuta do mundo” como diz o título do capítulo que não tem número), o tipo de personagem por quem você cria de cara uma simpatia, fora que ele também torce para os Eagles (“E-A-G-L-E-S!”).
Tentando se reaproximar dos antigos amigos Pat janta com Ronnie e sua esposa certinha Veronica. Nesse momento conhece então a irmã dela, Tiffany, uma viúva dançarina de música moderna tão perturbada quanto ele mesmo. De início ela o segue nas corridas matinais (vespertinas e noturnas também) e ele tenta fugir, mas acabam ficando amigos mesmo não conversando muito. 
Tiffany se oferece para ser o “elo” entre ele e Nikki em troca dele ser o parceiro de dança dela para um concurso. Claro que ele aceita já que é a única forma de se comunicar com a esposa – ninguém realmente fala sobre ela em sua casa e há uma ordem de restrição. Os treinos de dança começam mais ou menos no meio do livro, duram pouco e não são tão importantes quanto as cartas que Pat troca com “Nikki” por intermédio de Tiffany.
 Explicando as aspas usadas anteriormente: Nikki não aparece no livro, ela existe, é claro, mas nem sequer sabe que Pat está de volta ou planeja voltar para ele; ela serve somente como meta. Ok, não expliquei muito bem, mas acho que dá pra deduzir, e se não der, melhor ainda, porque se não estaria dando 'spoiler'. 
Como é de se esperar Tiffany se apaixona por Pat, mas o que me deixa pensativa, mesmo agora, é o fim que leva os sentimentos dele. De início ele é tãããão apaixonado pela esposa que nem sequer pensa em outra mulher (chega a ser uma obsessão) e Tiffany se torna mais uma amiga importante que o ajuda no processo de recuperação mental. Depois que a ilusão de Pat desmorona fica difícil dizer se a relação é uma amizade ou algo mais. O que é legal até, por que não era realmente a coisa mais importante na história (pelo menos não tanto quanto a volta dele à vida real).
O FILME
Pat Solatano, diagnosticado com transtorno bipolar, ficou internado numa instituição psiquiátrica por 8 meses após ter tido uma crise ao encontrar a esposa com um amante e quase tê-lo matado. É liberado graças a apelação legal de sua mãe no tribunal e volta para a casa dos pais. Em sua cabeça, Nikki – sua esposa – só está esperando que ele se torne uma pessoa melhor para colocar fim ao “tempo separados”. Com esse pensamento Pat começa a fazer coisas que Nikki sempre quis que ele fizesse, como: malhar, ler livros, ser gentil e controlar seu temperamento. A impressão que temos do personagem é de que ele é muito irritadiço e se força - o tempo inteiro - a agir positivamente para ter a mulher de volta. Sua mudança não é tão crível quanto a relatada no livro, talvez pelo fato de se lembrar de tudo, não assumir sozinho a culpa das circunstâncias atuais e não ligar para o que os outros pensam (ele realmente não tem papas na língua). 
Seu pai é um supersticioso, apostador e fã fanático dos Eagles (“E-A-G-L-E-S!”). É até carinhoso com o filho com conversas, beijos e abraços, totalmente oposto ao personagem do livro. O irmão é um babaca que só ligava para si mesmo até Pat voltar e não poder mais ser ignorado. A mãe é a mesma, uma fofa que ama demais o filho, mas sua relação com o marido é bem melhor. Dr. Patel aparece ainda como terapeuta torcedor dos Eagles (“E-A-G-L-E-S!”) só que não é tão legal. Em compensação, o ator é – fisicamente-  exatamente aquilo que você imaginou sobre o personagem quando leu o livro! Ronnie e Veronica tem os mesmos papeis e funções, e seguindo a história apresentam Tiffany a Pat. Tudo segue igual, a perseguição durante a corrida, o acordo de bancar o “elo”, as cartas e os ensaios para a apresentação de dança. A diferença está no modo como essas coisas são retratadas. No livro, esta é uma parte de menor importância e no filme este é o tema principal. O foco é todo voltado para a relação destes personagens, desde quando se conhecem até o dia da apresentação. Há na história uma aposta feita pelo pai de Pat que envolve a vitória dos Eagles e uma boa pontuação com os jurados do concurso, valendo todo o dinheiro que tinha. Para mim essa foi uma estratégia para deixar a história mais divertida, uma vez que reconquistar a mulher não era aparentemente suficiente.Aliás! Nesta versão Nikki não só sabe que Pat está de volta como também dá o ar da graça! E é a partir da reação de Pat ao vê-la que percebemos que o Pat no papel era muito mais apaixonado (e obcecado) pela Nikki do que a sua versão cinematográfica. O desfecho ocorre logo depois do final do concurso (enquanto no livro ocorrem mais coisas) e é o que todos esperavam desde o começo: mais do mesmo clichê “mocinho terminando com mocinha com uma confissão fofa”, o que para mim – romântica que sou – é ótimo!
 Como em todo livro, só vemos e sentimos o que o personagem principal vê e sente. Isso não é tão forte nos filmes – basicamente porque não mergulhamos tão a fundo em sua mente, não sabemos por exemplo todos os seus pensamentos e emoções. Dito isso – na minha mera opinião -  o foco do livro é a superação de Pat, sua aceitação das mudanças e da realidade de que, as vezes, as coisas simplesmente tomam outro rumo e que temos que seguir em frente. Enquanto a versão cinematográfica, talvez graças ao toque Hollywoodiano, deixa um pouco de lado toda sua jornada pessoal para dar lugar a temática amorosa, focando na relação entre ele e Tiffany, onde ambos são igualmente importantes na história e evoluem lado a lado ao longo da trama. A meu ver então, uma parte da história do livro se torna o assunto principal do filme. 
 O livro é muito bem escrito, tendo algumas características interessantes como: repetir durante toda a história algumas frases-chave; usar as exatas palavras título dos capítulos na narração; passagens em que o narrador-personagem se dirige ao leitor e a minha preferida: a “montagem”. “O que é isso?” você deve estar se perguntando, vou deixar Pat explicar com a seguinte passagem: 
“Nos filmes do Rocky, leva-se apenas alguns minutos para cobrir semanas inteiras de treinamento, e ainda assim o público entende que foi necessária muita preparação para o verdadeiro desenvolvimento das habilidades dele como lutador de boxe, apesar de só vermos alguns clipes do Garanhão Italiano trabalhando duro. (...) Então é isso o que vou criar agora: a montagem do meu filme. Talvez você queira tocar ‘Gonna fly now’ caso tenha um CD à mão – ou pode tocar qualquer outra música que o inspire – e ler com a música ao fundo. Nenhuma música é obrigatória, no entanto. Muito bem, aqui está a minha montagem.”  
Para mim isso foi simplesmente genial! (Não irei colocar toda a montagem aqui porque tenho esperanças de que fiquem curiosos e resolvam caça-la no livro!). 
 Eu adoro o filme, acho inteligente e divertido. Gosto da relação meio gato e rato dos dois personagens, de toda a história da superstição com o futebol americano e da aposta maluca que o Sr. Solatano faz arriscando todo o dinheiro da família. O elenco é simplesmente demais – ter Robert De Niro é um trunfo, convenhamos. Amo atuação de Bradley e Jennifer, são simplesmente geniais e te convencem que são realmente Pat e Tiffany, não dois atores de Hollywood que você já viu em tantos outros filmes. “O lado bom da vida” foi indicado em todas as quatro categorias de atuação do Oscar (o de melhor ator, melhor atriz, melhor ator coadjuvante e melhor atriz coadjuvante), também foi indicado em melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado e melhor edição. Porém, acabou vencendo apenas na categoria de melhor atriz, com Jennifer Lawrence. Uma curiosidade: Bradley foi produtor de set do filme! Resumindo a ópera: o filme foi sucesso total!
 Bom, para encerrar: indico o livro a quem quiser refletir sobre o modo de ver a vida e o filme para quem, além disso, quiser ver um romance entre dois anti-heróis perturbados psicologicamente.

 Por hoje é isso gente! Torcendo para não ter desencorajado ninguém a ler ou assistir hahaha Espero que tenham gostado do post! Comentários, críticas, elogios? Mandem para meu e-mail tayna.siecola@gmail.com e responderei com prazer! Até a próxima =)







quarta-feira, 16 de julho de 2014

Um Dia - Resenha

Sinopse: "Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.

Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.

Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida."

Começo essa resenha dizendo de antemão que este é um livro belíssimo e que recomendo-o a qualquer um. É incrível poder espiar a vida de duas pessoas no decorrer de vinte anos de relacionamento. Esse livro me trouxe grandes pensamentos e me fez parar e analisar minha própria vida e o rumo que ela está tomando. A história é tão envolvente e cativante (por ser tão realista e próximo do leitor) que me fez amá-la e odiá-la ao mesmo tempo. Calma, vou explicar.

Os personagens principais, Emma e Dexter são tremendamente insuportáveis. Emma é uma adolescente que nao sabe de nada, reclama de tudo e não faz nada a respeito de seus sonhos. Só sabe apontar os defeitos dos outros (principalmente do Dexter) e se sentir superior. 

"Teve a ideia fantasiosa de ler romances em voz alta para pessoas cegas, mas será que isso era um emprego ou algo que tinha visto em algum filme? Quando tivesse energia, descobriria. No momento ia ficar simplesmente em frente à mesa olhando para o seu almoço."

Enquanto no inicio do livro Emma é essa pessoa insegura e mergulhada na inércia, Dexter é o contrário: irritantemente iludido com seu futuro e muito despreocupado com suas atitudes e possíveis consequências delas. O seu lema  de vida é o prazer imediato e todo e qualquer problema que ele se depara enfrenta com bebidas, drogas e festas.

"Seu consolo é pensar que, como ele ainda não dormiu, esse não é o primeiro drink do dia, mas sim o ultimo da noite anterior. (...) O truque é usar o estimulo do álcool para compensar o abatimento das drogas: ele está se embebedando para ficar sóbrio, e quando você pensa a respeito é na verdade uma coisa bem razoável." 

Emma é absurdamente apaixonada por Dexter (sim, minhas caras, friendzoned total), e se fosse eu, já teria deixado de ser legal com ele à muito tempo. Ele só da mancada com ela e como todos os outros personagens da historia, o leitor também percebe que ele não a merece. Ele é extremamente egocêntrico, pensa que o mundo gira ao seu redor. Ele despreza Emma em muitos momentos da história, mas sempre que se vê fazendo alguma coisa estúpida apela pro coração dela. 

Esse é o início dos personagens, e é incrível como eu me incomodei com os dois. Me irritei com o otimismo de Dexter e com o conformismo de Emma. Mas o pior é pensar que me senti dessa forma por que sei que nós somos exatamente assim. Quem não sai da faculdade ou escola cheios de sonhos? Ou pior, frustrados e conformados que estes jamais se realizarão? 

Ao longo da história, assistimos a tomada de decisões dos dois e vemos como a vida pode mudar. Emma consegue sair de seu mundinho pequeno e Dexter, depois de MUITO tapa na cara, percebe o quão prejudicial é o caminho que está percorrendo. (Ao longo da leitura, tive uma sensação em alguns momentos de que toda a história fosse a respeito do Dexter e seu aprendizado na vida. Me pareceu as vezes que Emma fosse uma personagem secundária, porém essencial, em sua vida conturbada.)

No fim do livro, o desenvolvimento pessoal dos dois é notável. Cheguei a admirar bastante a Emma (por mais que ela ainda assim me irritasse) e consegui entender o Dexter apesar se sua tremenda falta de consideração. 
Outra coisa que me incomodou demais na história foi ver os personagens apelarem à bebida em TODOS os momentos. Metade da história eles estavam chapados (mais ele do que ela). Me deu vontade de dar um tapa nos dois.

Finalmente, com relação ao clímax do livro: odiei. Fiquei morrendo de raiva, tristeza, choque. Esse livro é realista demais pro meu gosto. Vivi junto com eles durante 20 anos de suas vidas, e com certeza me senti da mesma forma que o personagem principal. 

Mas o incrível dessa história é exatamente isso: viver uma vida toda em poucos dias, sentir o que eles sentiram. O autor foi brilhante nesse aspecto e me surpreendi com o quanto me envolvi com os personagens. Raiva, amor, compaixão e inconformidade foram alguns dos sentimentos que passaram por meu coração. 

Por favor, leia esse livro, pode ser que mude sua vida. Mas se prepare, por que não é uma leitura emocionalmente fácil. 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Baú da Becky: 1984


Sinopse: “Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceania não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O'Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".”
Estou abrindo meu baú de clássicos e o primeiro que peguei para falar para vocês é um clássico moderno: 1984 de George Orwell. Decidi começar por este porque entendo que seja o romance mais importante do século XX, pode não ser o melhor, mas é sim o mais importante. Escrito em 1948 ele relata tudo o que vivemos nessa era da mídia e usa o absurdo da distopia para tentar nos chamar a atenção.
Antes de entrar no romance em si quero começar com o conceito de utopia. Eu fiz uma matéria na facul sobre o livro Utopia de Thomas Morus e foi ele que inaugurou tanto o conceito quanto a palavra. No livro um viajante chega à ilha de Utopia e descreve o que vê por lá, sendo uma sociedade tida como perfeita e sem falhas, todos vivem felizes, mas presos às regras e ao sistema. Hoje em dia designamos utópico algo ideal e inatingível.
Sendo assim George Orwell nos apresenta uma distopia que possui mecanismos parecidos com os utópicos, mas seu objetivo não visa o bem-estar e felicidade da maioria e sim o poder. Só pra citar, temos outras obras que apresentam diferentes tipos de distopia: V de Vingança; Clube da Luta, Jogos Vorazes, Divergente, Laranja Mecânica e por aí vai.
Finalmente chegamos ao romance em si! O livro apresenta uma realidade alternativa pós grandes guerras e inclui o que teria acontecido se a Guerra Fria tivesse saído das ameaças e entrado no conflito. O mundo está dividido em três grandes superpotências continentais (Oceania, Eurásia e Lestásia) que estão numa guerra eterna entre si. Orwell acaba polarizando os territórios de forma que hoje não seria muito diferente: China, Rússia (ou a URSS) e Estados Unidos, que sempre arrumam um motivo pra brigar, mas depois ataca uma esquizofrenia e se aliam para algum interesse comum.
O personagem principal é Winton Smith, ele é membro do Partido Externo que consiste na maior parte da população que faz o trabalho operacional, e, portanto, é a parcela que interessa manipular. É uma sociedade que se baseia no coletivo, mas é solitária, não há leis escritas, mas não se pode fazer nada que o Grande Irmão veja como ameaça senão a pessoa é simplesmente riscada do mapa. Aliás, quando se fala de 1984vem à memória exatamente esse personagem: o Grande Irmão ou Big Brother. Ele está presente em todos os lugares e as pessoas são constantemente lembradas disso através do segundo personagem mais marcante: a teletela, uma espécie de televisão que recebe e transmite imagens e sons, instalada em todas as casas, ela até chama as pessoas para fazerem exercícios na frente dela e todo o conhecimento disponível é através dela, pois ter um livro ou um papel e caneta é algo que magoa o Grande Irmão e ele não perdoa.
Estou dando esse panorama do livro porque não quero entrar muito fundo no enredo para não atrapalhar sua leitura, mas vou tratar disso: o enredo começa mesmo quando Winston começa a fazer algo inusitado, pensar. Este é o ponto central da obra, controle de pensamento. O governo vigente não obriga nada, mas implanta na cabeça já bem fraca das pessoas aquilo que elas devem pensar e usa o medo para paralisar qualquer ação contrária. Eles investem nas crianças para garantir esse poder perpétuo e aumentar seu exército de espiões. Winston começa apenas a discernir o mundo ao seu redor e a relatar tudo em seu diário num cantinho escondido da teletela, então seus olhos se abrem e ele busca alguém com quem partilhar esses pensamentos e aí a história começa a andar de verdade.
Enquanto ele descobre as falhas do sistema e põe seu cérebro pra raciocinar, tem uma passagem muito interessante que, estando Winston no trabalho chega o momento diário de Dois Minutos de Ódio (sim, é isso mesmo!) em que eles colocam na teletela imagens do grande inimigo da Oceania e as pessoas começam a gritar palavras de ódio quase descontroladas e nosso personagem estava fazendo a mesma coisa irracionalmente, sem saber o que aquele homem tinha feito, só sabia que precisava odiá-lo, até que caiu em si. Esse é um dos momentos marcantes de Winston. Muitas vezes não sabemos por que não gostamos de certas coisas ou pessoas, simplesmente odiamos, como nesses casos de ódio coletivo que levou ao linchamento de uma pessoa inocente, ação sem razão.
Existem muitos absurdos na sociedade de Winston, mas grande parte deles está também na nossa sociedade: você carrega uma teletela pra cima e para baixo todo dia e não desgruda dela, certo? Eu também. Você acha que tem alguma coisa errada com seu governo? Eu também. Você tem a impressão que as notícias que saem nos jornais são meias verdades ou completas mentiras? Eu também. Você foi convencido que colocar coisas pessoais na internet é legal? Eu também. Você está com vontade de olhar por cima do seu ombro pra ver se tem alguém te vigiando? Eu também!
Esse livro pode parecer um pouco pesado exatamente porque quando voltamos à nossa realidade não vemos muita diferença da ficcional e é legal ler para fugir da realidade, mas este pode mudar nossa percepção do mundo atual. Eu acho muito válido quando livros como a série Jogos Voraz faz sucesso entre os adolescentes e jovens porque abre os olhos para algo além do romance e da aventura, prepara o olhar crítico e a não aceitar qualquer verdade só porque ela saiu de uma tela, além de construir um leitor apto para ler esse clássico moderno.

Escrito por Rebeca Romeiro.

sábado, 5 de julho de 2014

O Código da Vinci - Resenha

Sinopse:
"Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. Momentos antes de morrer, Saunière consegue deixar uma mensagem cifrada na cena do crime que apenas sua neta, a criptógrafa francesa Sophie Neveu, e Robert Langdon, um famoso simbologista de Harvard, podem desvendar. Os dois transformam-se em suspeitos e em detetives enquanto percorrem as ruas de Paris e de Londres tentando decifrar um intricado quebra-cabeças que pode lhes revelar um segredo milenar que envolve a Igreja Católica. Apenas alguns passos à frente das autoridades e do perigoso assassino, Sophie e Robert vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci e se debruçam sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental - da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal."

Depois de todo alvoroço que esse livro provocou quando foi lançado, só recentemente tive a oportunidade de lê-lo. E devo confessar: não achei NADA demais. É um livro totalmente viajado, tendo muitas das coisas de maneira extremamente forçosa a ponto de não ser nem mesmo remotamente críveis. 

Ok, Robert é historiador, especialista em símbolos; mas os enigmas e descobertas são MUITO forçados. O autor foi ao extremo pra tentar fazer seu personagem um cara sensacional, e tudo mais, mas meu... Eu lia e simplesmente não me caia, eu não consegui 'comprar a ideia' do personagem principal. Ele só conseguia as brilhantes idéias de ultima hora (lógico, pra ficar mais emocionante), seus sentimentos pela mocinha foram totalmente empurrados (o autor tentou colocar um romance, totalmente sem sucesso) e parece que a história só se desenrola ao acaso, ele não sabe lidar com a situação, ele só estava lá por estar.

 Na minha opinião, Sophie foi muito mais personagem principal do que ele. Ela tem mais personalidade, confiança, atitude e etc. Porém, o drama que a envolve na trama é totalmente previsível e óbvio e seu comportamento nem sempre é coerente. 
Pra piorar ainda mais, o conteúdo "histórico" foi de uma tosquice imensurável. Muitas vezes revirei meus olhos ao ler o livro, pensando: "isso tem que ser piada". Não digo isso em referencia a Jesus ter ou não ter tido uma esposa. Isso foi o de menos, e poderia até ser interessante. Mas pensar que Jesus e Madalena eram realeza??? Querer matar a descendência deles?? Pra que?? Guardiões? Toda essa teoria da conspiração é absurda e nada acreditável. Todas as consequências que eles dizem como 'fim de mundo' se todo mundo ficar sabendo são extremistas demais. Se algo do tipo acontecesse, NADA ia mudar. Fé é fé. E mesmo assim, por que deveria mudar? Casamento nunca foi colocado como pecado pela igreja. Jesus é filho de Deus, é Santo, nunca pecou. Ponto.

Mas como disse antes, esse não foi o maior problema. Todas as outras teorias históricas envolvendo a idade medieval e a criação da igreja são extremamente fantasiosas. Qualquer um que prestou um pouco de atenção nas aulas de história percebeu (ou pelo menos estranhou) muitas das justificativas do drama como sendo absurdas. Em resumo, se Robert realmente existisse, não seria levado a serio pela comunidade científica. Outro aspecto tosco, na minha opinião, foi a justificativa do título. Colocaram o Da Vinci no meio da teoria da conspiração. Ele era um dos guardiões do segredo, assim como vários outros personagens históricos. Mesmo? Sério? É pra eu achar isso incrível e pensar: nossa, que legal?!? Sério, me irritei com essa premissa forçada. (Sim, já disse isso varias vezes, mas é a palavra que melhor descreve essa historinha) 

Esse livro não é nem divertido no quesito de ação e aventura por ser totalmente previsível. Tive a sensação de estar vendo uma novela, por saber o que ia acontecer em cada momento. Achei um livro bobo, fraco.

Apesar de tudo isso, não é uma perda total de tempo, é uma leitura fluida pelo menos. Mas não recomendo, tem muitos outros livros com tramas MUITO melhores para você se divertir e se emocionar. Acho que se esse livro não falasse de Jesus envolvendo-o em um "escândalo", não teria tido o sucesso que teve. Muita gente leu o livro na curiosidade, como eu. Fiquei bastante decepcionada, estava esperando uma história muito mais sensacional por toda a repercussão que gerou. 

"A morte iminente é uma grande motivação."

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O Cão dos Baskervilles - Resenha

"Em O cão dos Baskerville, Sherlock Holmes e o dr. Watson investigam a morte de sir Charles Baskerville, numa história eletrizante que se tornou um clássico da literatura policial.
Em meados do século XVII, um lendário cão do inferno matou Hugo Baskerville na charneca da propriedade familiar, em Dartmoor, e nunca mais parou de assombrar a família. Séculos depois, quando sir Charles Baskerville morre em circunstâncias misteriosas, seu herdeiro, sir Henry, recebe uma ameaçadora carta anônima.
Alarmado, Henry Baskerville aciona Sherlock Holmes. O detetive encarrega seu assistente, o dr. Watson, de acompanhar sir Henry enquanto se instala em segredo num povoado próximo para descobrir quem teria interesse em eliminar o último dos Baskerville e, assim, apoderar-se de sua herança. Com seus infalíveis métodos de dedução, Sherlock Holmes tenta evitar que o assassino de sir Charles faça mais uma vítima na família."

Com certeza, todo fan de Sherlock Holmes ja seu essa história. Esse livro foi publicado em 1902 e é uma leitura deliciosa até hoje. Eu, pessoalmente, amo de paixão esse detetive excêntrico que é totalmente genial e eficaz. Acho legal como Dr. Watson o descreve: cheio de admiração e um tanto de inveja. É engraçado como ele quer agradar Holmes nas mínimas coisas e como fica constrangido com as reações do mesmo. 
Por ser um livro antigo, lê-lo agora (especialmente se você já tem o hábito de ler bastante) torna-o muito previsível. É muito fácil, nos primeiros capítulos, já saber quem é o criminoso na história. Apesar disso, é muito legal ver os passos de um detetive que não mede escrúpulos para pegar o assassino. Seu raciocínio e suas decisões são muito interessantes, e a forma como ele explica suas conclusões chega a ser até mesmo didático. Além disso, ele é um perfeito cavalheiro, heróico e (diferente das series e filmes) altruísta. 
Para todos amantes de historias policiais, Sherlock Holmes é um 'must', essencial como base cultural por ter sido um dos primeiros detetives da literatura. 
Essa história é muito gostosa de ler: cheia de mistério, acontecimentos peculiares (como a perda de uma bota) aparentemente sem sentido, romances frustrados, ação e suspense. Recomendo a todos! 
"Aplicando a famigerada máxima de Holmes segundo a qual, quando o impossível foi eliminado, o que resta, seja o que for, deve ser a verdade."

"Lembrei-me de sua teoria sobre o caso e tentei imaginar tudo que acontecera. Quando estava parado ali,o velho viu alguma coisa se aproximando através da charneca, algo que o aterrorizou de tal maneira que ele perdeu o juízo e saiu correndo desabaladamente até morrer de puro horror e exaustão. La estava  o longo e escuro corredor por onde ele fugiu. E de que?  De um cão pastor da charneca? Ou de um cão espectral, negro, silente e monstruoso? Teria havido interferência humana no caso? Saberia o pálido e atento Barrymore mais do que queria professar? Tudo era confusão e vago, mas a sombra escura do crime está sempre por trás."

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Numa Toca no Chão: Grande Quadro

O despertador do celular aciona e eu sei que pra ele parar com a musiquinha suave eu tenho que deslizar meu dedo pelo touchscreen. Mas ao invés disso, a primeira lembrança que eu guardo do meu dia não é de desligar o despertador e sim de me ver no espelho do banheiro: e lá se vai um minuto do meu dia, o tempo exato que levo do quarto ao banheiro. A lembrança de desligar o despertador se perde todo dia e todo dia eu fico em duvida se realmente aconteceu, pois tenho que acordar cedo e nem sempre durmo o suficiente. E assim começa mais um dia, que como todos os demais, promete ser cansativo e pouco emocionante, muito diferente dos dias que eu planejo ter algum dia. Mas assim eles são e me cabe passar por eles acreditando em dias melhores.
Sei que sempre que alguém fala sobre sua vida corrida e sofrida da impressão que essa pessoa se acha a mais injustiçada e que sua vida é diferente da vida de todo mundo. Mas o caso não é esse, e sim que de fato há uma característica que difere em meu dia que provavelmente pode ajudar você a passar pelo seu de uma forma diferente.
O Por do Sol ...


Eu explico: tenho a sorte de trabalhar bem perto de onde moro e no caminho de volta pra casa tenho que diariamente descer uma única rua. Sempre que passo por ela, coincidentemente, é a mesma hora em que o sol está se pondo e sempre sou banhado pelas mais belas imagens. Nesse breve momento em que desço essa rua minha mente viaja e vejo aquilo tudo aquilo como um grande quadro, digno do Louvre. Vejo variações de cores, formas indistintas, borrões, efeitos de luz e sombra; vejo o que há de mais belo na criação.
E sem querer ou saber quando comecei, me pego sorrindo pelo simples motivo de que aquela imagem me trás alegria, me traz sonhos, me traz esperança de uma vida melhor, mais emocionante, mais significativamenos monótona e normal. Esperança de um por do sol visto de um campo de batalha após um dia inteiro guerreando pela minha vida e a vida daqueles aquem amo. Esperança de um por do sol visto da proa de um navio após um dia inteiro de saques em nome da coroa, um por do sol visto da Lua, um por do sol que algum dia será visto em um lugar especial, com alguém especial...
Não ignore O Por do Sol, não permita que esses breves e preciosos minutos do seu dia sejam negligenciados pelo cansaço de uma jornada de trabalho. Garanto que se você parar o que estiver fazendo no instante em que o sol estiver se ponto, você ganhará muito mais do que apenas alguns minutos... Ganhará sonhos, alegria, emoção, esperança e com certeza um sorriso no rosto...

Escrito por Hugo Barreto

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O Ultimo Jurado - Resenha

Sinopse:

"Em 1970, um dos jornais mais coloridos do Misissipi, The Ford County Times, entrou em falência. Para surpresa e desânimo de muitos, sua posse foi assumida por um cara de 23 anos especialista em cabular aulas na faculdade, chamado Willie Traynor. O futuro do papel parecia sombrio até que uma jovem mãe foi brutalmente estuprada e assassinada por um membro da notória família Padgitt. Willie Traynor reportou todos os horrendos detalhes e seu jornal começou a prosperar. O assassino, Danny Padgitt, havia sido julgado antes numa corte judicial em Clanton, Misissipi. O julgamento teve um final assustador e dramático quando o réu ameaçou vingança contra os jurados se eles o condenassem. Não obstante, eles acharam-no culpado, e ele foi condenado à vida em prisão. Mas em Misissipi em 1970, "vida" necessariamente não significava "vida"."

Bom, de modo geral esse é um bom livro, mas não é sensacional e se você não tiver muita paciência, não vai gostar muito. A premissa é ótima e a história em si é muito interessante. O problema é que acontecem 'trocentas' mil coisas que não são necessárias para o desenvolvimento da trama, tornando a leitura um tanto cansativa. Muitas páginas foram desperdiçadas com informações totalmente irrelevantes para o desenrolar da história. 
Apesar disso é uma leitura boa e a enrolação acabou valendo a pena. O personagem narrador é um tanto chatinho, parado. Ele é simplesmente um cara assistindo o desenrolar de um processo jurídico. Acho que a história poderia ter sido um tanto muito mais emocionante se o autor tivesse sido mais intenso em seu desenvolver do clímax. Durante a leitura fui criando uma expectativa que, ao chegar no final, foi totalmente desapontada. 
É interessante os temas de preconceito e relacionamentos na cidade em que ocorre a história. Mas mesmo que interessantes, muitos deles, como disse anteriormente, são desnecessários. Fiquei até confusa sem entender pra onde o autor estava levando a história. 
Se você gosta de historias do tipo que conta sobre o cotidiano dos personagens e suas vidas, você vai gostar. 
O autor tem bastante conhecimento com relação a processos jurídicos, então a leitura nesse aspecto é muito boa. Se você gosta de series policiais do tipo Law and Order, que mostra o lado dos processos assim como a investigação, então essa história pode ser pra você. Mas não há muito foco na perseguição do criminoso, já que o narrador começa contando o caso como passado e o assassino já está preso. 

Infelizmente, por mais que seja interessante, essa não é uma leitura que eu super recomendo. Mas cada um é cada um e pode ser que você goste!