segunda-feira, 30 de junho de 2014

Fiquei Com seu Número - Resenha

Sinopse:

"A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! 
Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de ter alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. 
Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir."

Sophie Kinsella é uma das minhas autoras preferidas. Desde que li o primeiro livro da coleção Becky Bloom eu simplesmente saí comprando todos os livros dela sem nem ao mesmo ler as sinopses. Ela NUNCA decepciona. TODOS os seus livros são absolutamente hilários, não tem como não amar. Com certeza pessoas já me olharam estranhando minhas risadas ao ler um de seus livros. 
E, como sempre, esse é mais um sucesso de minha linda Sophie. Claro, é aquele tipo de livro com uma história bobinha, pra passar o tempo. Tem o romance, a burrada, e a personagem que no fim concerta tudo. Mas, por mais que esse livro siga o roteiro clichê de todas comédias românticas, ele não deixa de ser sensacional. Eu não sei como a Sophie faz isso, mas ela consegue transformar as historias mais 'mamão com açúcar' em comédias geniais.
Poppy é a personagem principal, e gente, ela é MUITO engraçada. Ela se mete em confusões desnecessárias por simplesmente não prestar atenção. Acho que é fácil de se identificar com ela justamente por isso. Outro aspecto genial é o começo da história. Gente, quem nunca perdeu uma coisa importante? E nossa amiga Poppy consegue a proeza de perder o seu anel de noivado! Eu teria ficado desesperada, acho que até mais que ela. Mas, ela vai tentando dar um jeito nisso e em sua saga à procura do anel ela acaba se enfiando em encrencas cada vez piores. 
Eu ri tanto lendo esse livro! Se você está precisando de uma história light e totalmente divertida, não pense duas vezes, Sophie é a escolha. 

"O jantar acaba e todos superaram o incidente da camisola. Mais ou menos."

domingo, 29 de junho de 2014

Por Dentro da Personagem Ofélia, em “Hamlet”, de Shakespeare:



Primeiramente, venho declarar minha eterna paixão por Shakespeare. Para mim, ele é um gênio da literatura dramatúrgica, criou peças clássicas e inesquecíveis como Macbeth, Othello, Romeu e Julieta, ninguém explicou melhor a natureza humana e seus temores até hoje. Shakespeare influenciou a inspiração artística e a literatura contemporânea, e hoje, por mais que ele não esteja na moda, muitas pessoasainda se identificam e apreciam os dramas levantados por ele, independentemente da época.
Acho importante como primeiro post falar sobre um personagem da obra de Shakespeare, pois nele conseguimos, a partir de uma literatura clássica, aprofundar em alguns aspectos da subjetividade do personagem, entendendo melhor seus comportamentos, suas paixões, e o que os move. Claro, um personagem nunca será compreendido em sua totalidade essencialmente por ser ficcional, mas penso que seria interessante analisar e tentar entender um pouco mais o que se passa na cabeça do mesmo, e na nossa também quando vivenciamos seus dramas. Proponho a mim mesma algumas perguntas ao ler um livro, como: ‘O que esse personagem ‘comove’ à minha pessoa?’, ‘O que ele ‘comove’ no outro?’,‘O que ele representa para mim?’, ‘O que ele representa para o outro?’.
Este mês o personagem que escolhi foi Ofélia, da peça “Hamlet”. Hamlet é certamente a mais bem-sucedida história de vingança levada aos palcos. Ofélia é amante de Hamlet na peça, e esta personagem é a mais famosa de Shakespeare que, apesar de ela surgir como uma personagem secundária, a mesma se afirma com uma expressiva recepção histórica, sobretudo nas artes visuais, marcada como símbolo da fragilidade feminina que leva a loucura e a morte.Mas, como aconteceu sua história? Como se deu sua loucura? Porque o suicídio?
A história de Ofélia e seu desfecho gerou até mesmo um complexo, chamado “Complexo de Ofélia’.Entendo como essencial algumas pessoas lerem primeiramente a peça para depois buscar a essa análise. Indico esta leitura as garotas e mulheres de plantão. Boa leitura!
                                                                                                 
“O Complexo de Ofélia seria a prisão no desejo de um homem ou, mais ainda, a prisão de todos no desejo patriarcal. Mas o que é o desejo senão aquilo que faz viver e que, realizado, se define na morte? O Complexo de Ofélia simboliza um acordo no campo do desejo em que mulheres são negadas ou subordinadas, enquanto homens prevalecem como protagonistas.”                                     TIBURI, M. (2010)



“ Na minha leitura, a loucura de Ofélia poderia ser compreendida como ‘loucura e não loucura’ ao mesmo tempo. Os delírios no lago e posteriormente, seu trágico suicídio, foram tentativas de utilizar todos os recursos que ela disponibilizava uma vez que, apesar de estar visivelmente desequilibrada, sua fala irracional e suas atitudes demonstram que foram as melhores formas que ela conseguiu lidar com o seu ambiente, considerando sua existência frágil vivenciado em um contexto histórico completamente opressor à figura feminina.
Ao mesmo tempo em que a história de Ofélia talvez não apetecesse as feministas de plantão (pois muitas vezes não gostamos de ver em outro uma possibilidade na qual, em algum nível, possamos nos identificar), brinco até que Ofélia demonstra um contraponto simbólico, na qual se houvesse espaço nos tempos de Shakespeare para a ‘marcha das vadias’, daria uma margem para um tremendo discurso feminista do século XVI.
Desde o início, a identidade de Ofélia aparece ser externamente e socialmente construída. Completamente restringida pelos homens ao seu redor, Ofélia foi moldada conforme as exigências externas, para refletir os desejos dos outros. Ela é usada, abusada, confundida - absolutamente manipulada pelos homens em sua vida: pai, amante, irmão, o rei. Ofélia tem sido claramente desprovida de fomento materno, exilada em uma ilha dominada por homens. Parecendo absorver a ausência de crença na sua própria inteligência e autonomia, Ofélia é deixada com uma identidade aberta à sugestão externa. Tanto o irmão e o pai sufocam Ofélia em um estrangulamento, levando a sérios riscos em seu desenvolvimento psicológico.
Para Laerte, seu irmão, Ofélia é vista como uma figura casta, a quem ele pode colocar em um pedestal. Enquanto (ele acredita) ele a tem em segurança das garras dos homens, Laertes tenta ensinar sua irmã para ter medo dos avanços masculinos. "Tenha medo, Ofélia, medo dele, minha querida irmã". Laertes repete uma e outra vez - "dele" está sendo desejo de Hamlet.
Considerando que Ofélia é um anjo para Laertes, ela é um beneficio para Polônio, seu pai, sendo uma mercadoria a ser disponibilizada  para o seu o maior lucro. Polônio educa sua filha para ser extremamente obediente, disposta a aceitar todos os seus comandos. Avisando-a que ela não pode agir por conta própria, Polônio a proíbe ter uma autonomia de sua escolha, de sua ação, e ainda de seus próprios pensamentos. "Você não entende tão claramente / como cabe minha filha e a sua honra. Mas vou ensinar-lhe,”; "Pensa-te como um bebê". As ‘aulas’infantilizantes do pai, enquanto prejudicial para Ofélia, provam ser benéficas para o mesmo.Tendo negado o acesso gratuito de sua filha a Hamlet por muitos dias, Polônio, em seguida, oferece sua filha ao Príncipe, a fim de provar sua lealdade para o Rei para elevar seu status social.
Depois que Ofélia foi agredida por Hamlet durante a cena do “teste de amor” de Polônio, o Rei e o seu conselheiro debatem, o estado mental do Príncipe durante várias páginas antes que seu pai se lembre dela. Quando, no final da cena, os dois saem da sala, não existe nenhuma ação de conforto ou de ajuda a Ofélia, ela é simplesmente esquecida.
 Da mesma forma, Hamlet, amante de Ofélia, descuidadamente ignora suas necessidades em favor de sua própria. Na imaginação de Hamlet, para uma mulher ser "honesta" significa que ela deve ser casta e leal, não podendo ser “autônoma”. Não somentepela conduta moral encontrada na época, mas por ser o ideal de mulher que ele gostaria que a mãe dele fosse e ele ‘projeta’ esses ideais na futura companheira. Vê-se isto, pois na visão de Hamlet, sua mãe Gertrude tem se mostrado ‘desonesta’ ao exercer sua autonomia e casar-se novamente após a morte de seu pai,o que Hamlet experiência como uma versão aterrorizante do desejo feminino. Ao ir ao quarto de Ofélia, Hamlet lê o rosto dela e, em seguida, levanta um suspiro, e parece deduzir sua culpa, alinhando Ofélia com Gertrude.
Hamlet projeta sua ansiedade sobre a  "traição"  de sua mãe para Ofélia. Assim,
quando Ofélia parece exercer ação autônoma (como Gertrude tinha), negando acesso amoroso de Hamlet e retornando suas cartas de amor, ele torna-se abusivo com ela. Ironicamente, Ofélia,no momento de revolta de Hamlet, se comporta não autonomicamente, obediente aos desejos patriarcais, pois seu pai ordena que ela conquistasse o Príncipe. Para Hamlet, Ofélia representa seus receios psíquicos, como a figura de uma mulher desonesta.
Com sua identidade construída sempre em referência a outro, Ofélia é, em essência, nada, um ninguém vazio esperando para ser dito qual o seu significado.
No meio de seus jogos com Ofélia, Hamlet insere um discurso que pede que ela duvide de todas as suas palavras: "os homens são todos tolos, acredite em nenhum de nós". Quem é que Ofélia deve acreditar? Ela pode responder apenas "Eu não sei, meu Senhor, o que eu deveria pensar”. Separada de qualquer senso de identidade pessoal, ela admite a Hamlet, "Acho que nada, meu Senhor". Então  quando seu irmão vai à França e seu amante é banido pelo assassinato de seu pai, Ofélia éconfrontada com um ‘silêncio’ das ordens dirigidas a ela, e então torna-se louca.
A loucura torna-se o último recurso de Ofélia, é sua revolta inconsciente. Na verdade, o que mais resta para ela fazer? Sua realidade fundada para aceitar o comando masculino, como então, sem ele, pode ela agir em seu próprio nome? Todos os homens em sua vida brincariam com os seus sentimentos. Oferecendo uma fuga, a loucura permite a ela finalmente falar de sua raiva e desejo. A loucura libera Ofélia das funções de filha, irmã, amante, objeto. Quando Ofélia fica louca e canta sobre uma mulher jovem, como ela mesma, usada e abandonada pelo seu amante, podemos dizer que a música pode refletir quão profundamente ela tem interiorizado os maus tratos de ambos Hamlet bem como os desejos masculinos que foram plantados em sua cabeça por seu pai e irmão.
Seu discurso louco demonstra que seu ‘self’ está fragmentado. O importante trabalho que sua psique tenta é encontrar um via do qual ela possa protestar a repressão de sua vida inteira.Sem ninguém disposto a ouvir ou capaz de ouvir a verdade incoerente de Ofélia, sua "razão na loucura" e qualquer possibilidade que parecia levar asua libertação,resultaao suicídio.
Ofélia decide que para autenticamente "ser" ela deve escolher "não ser." O suicídio torna-se a única viapossível para a autonomia de Ofélia, uma escolha que, ao meu ver, poderia ser vista como apenas uma morte corajosa em Shakespeare.”


Espero que tenham gostado! Para alistara este discurso, mês que vem farei uma análise de SANSA STARK, personagem das Canções de Gelo e Fogo de George Martin do conhecido seriado “Game of Thrones”. Apesar de ambas viverem em universos paralelos, encontramos semelhanças na proposta dos períodos históricos em que vivem e seus papéis femininos, permeados de ideais e condutas sociais a serem submetidas. Ambas se mostram peças de um jogo, na qual não se tem voz e devem exercer perfeitamente seus papéis para sobreviverem.
Vejo vocês mês que vem!

Texto escrito por Luisa Gomes

->TEXTO DE AUXÍLIO / REFERÊNCIAS:
TIBURI, M. (2010) - http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2010000200002&script=sci_arttext

Em Chamas - Resenha

Sinopse:
"Depois de ganhar os Jogos Vorazes, competição entre jovens transmitida ao vivo para todos os distritos de Panem, Katniss agora terá que enfrentar a represália da Capital e decidir que caminho tomar quando descobre que suas atitudes nos jogos incitaram rebeliões em alguns distritos. Os jogos completam 75 anos, momento de se realizar o terceiro Massacre Quaternário, uma edição da luta na arena com regras ainda mais duras que acontece a cada 25 anos. Katniss e Peeta, então, se veem diante de situação totalmente inesperada e, dessa vez, além de lutar por suas próprias vidas, terão que proteger seus amigos e familiares e, talvez, todo o povo de Panem."

Após os jogos, Katniss acha que está livre de toda aquela pressão da capital, mas mal sabe ela o que incitou nos distritos após seu ato desafiador contra o sistema. É engraçado como ela nunca fez nada pensando na revolta ou algo do tipo. Katniss só queria sobreviver, e se recusava em ter que matar alguém que amava. Ela não queria rebeldia dos distritos, muito menos uma guerra. Gosto como ela é nesse aspecto, por que na verdade, ela não é uma grande heroína, ela é apenas uma garota no meio de uma bagunça que ela sabe que não tem como arrumar. Todas as iniciativas com intenção de guerrear contra a capital e o sistema não foram elaboradas por ela, e sim feitas de forma com que ela estivesse no meio. 
Na primeira metade do livro, Katniss e Peeta continuam com a novela de amor eterno, marcam casamento e tudo o mais. Seguem pelos distritos como campeões e acabam vendo o que está acontecendo dentro dos mesmos. Katniss fica extremamente chocada e está disposta, em primeiro momento, a fazer o necessário para apaziguar o governo. Mais uma vez ela demonstra o desejo por sobrevivência acima de tudo. Ela não está interessada numa história de amor (o que não a impede de se envolver com Peeta e Gale), ela só quer viver o suficiente para ver o amanha. 
Gostei demais de ver o outro lado do Estado nesse livro, porém achei um tanto forçado (por mais que fizesse sentido) que os campeões tivessem que voltar aos Jogos. Talvez foi meu lado ingênuo que ficou irritado em ver seus queridos personagens terem que quase morrer novamente. Apesar disso, amei conhecer outros participantes dos Jogos e poder ver seus lados humanos tanto quanto selvagens. Por que no fim, por mais que "na hora H" possam ser inimigos, todos eles não deixam de estar no meio de um sistema absurdo, revoltados. 
No todo, achei o livro muito bom e envolvente; de certa forma até melhor que o primeiro da série. O desenrolar da trama teve um ritmo muito bom e tiveram momentos essenciais para a compreensão da política do estado. O clímax foi genial e o final realmente te faz querer sair correndo atrás do próximo com certa urgência. 

"Peeta me coloca na cama e me dá boa noite, mas pego a sua mão e não o deixo sair, não quero que ele vá embora. Na realidade, quero que ele se deite na cama comigo, que esteja ao meu lado quando os pesadelos chegarem."

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O Desenvolvimento da Personalidade - Resenha



Sinopse:
"Compilação de trabalhos de Carl Gustav Jung sobre psicologia infantil. Destacando a importancia do relacionamento dos pais como causa de distúrbios nas crianças."

Por mais que esse seja um livro de psicologia creio que possa interessar a qualquer pessoa. Jung discorre a respeito de como os pais influenciam de maneira intensa no desenvolvimento da personalidade infantil. 
Trazendo vários casos de diversas crianças e adultos que atendeu ou conheceu, Jung analisa o comportamento dos pais e suas reações diante de problemas cotidianos. Traz a tona também erros comuns que pais cometem de maneira muitas vezes inconsciente. Um exemplo que ele relata é a alta exigência em tudo que a criança faz  para que ela cumpra os sonhos que na verdade são de seus pais. Em outro momento menciona os danos que podem ocorrer vindos de conflitos familiares e conta a história de uma criança com pais que não se amavam mais e que ela, percebendo o conflito internamente e também inconscientemente, acaba se deparando com uma serie de problemas. 
Esse livro é excelente para nos fazer pensar a respeito de como cuidar e criar uma criança de maneira saudável e refletir nos erros que possamos cometer futuramente. 
Jung usa uma linguagem de fácil compreensão e sua maneira de explicar seus pontos de vista é esclarecedora. Ao ler seu livro tive muitos momentos de: "caramba, e não é que isso acontece mesmo??" 

"Erros são, no final das contas, fundamentos da verdade. Se um homem não sabe o que uma coisa é, já é um avanço do conhecimento saber o que ela não é.Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.Todos nós nascemos originais e morremos cópias.Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta." Carl Gustav Jung

terça-feira, 24 de junho de 2014

Adeus, China - O último bailarino de Mao - Resenha

Esse livro me impactou muito quando vi o quanto a determinação de uma pessoa a diferencia dos outros que simplesmente tentam uma vez. Li Cunxin passou por fome, doenças e grandes perdas. Ele enfrentou um grande choque cultural e pôde realizar seus sonhos apesar de tudo. Demonstrou muito amor à sua família e a honrou de maneira imensurável. Sua gratidão diante dos sacrifícios que cometeram é tocante e contagiante. Ele foi uma criança que pôde não ter tido nada, mas o amor e cuidado de seus familiares foram os pilares que o sustentaram ao enfrentar tantos problemas. 

Além de contar sobre seu desenvolvimento e crescimento no mundo do balé, Li Cunxin nos conta como foi sua mudança de pensamentos e ideologias políticas. Seus questionamentos, duvidas, medos e indagações foram alguns dos aspectos de grande tocante entre as páginas desse livro. 
Recomendo esse livro a todos os que anseiam por uma leitura inspiradora. 

Sinopse: 

"Em um vilarejo desesperadamente pobre do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no Livro Vermelho de Mao e nas nobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens estranhos chegam à escola - os delegados culturais de madame Mao. Estão à procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária, possam tornar-se os fiéis guardiães da grande visão de Mao para a China. O garoto observa um dos colegas ser escolhido e levado para fora da sala. A professora hesita. Deve ou não deve? Quase desiste. Mas, afinal, no último momento, toca no ombro do oficial e aponta o garoto miúdo. "Que tal aquele?", ela pergunta. Em um único momento, a possibilidade mais remota mudou de modo indescritível o curso da vida de um garoto. Ele faria parte de algumas das maiores companhias de balé do mundo. Um dia seria amigo do presidente e da primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos. Seria uma estrela: o último bailarino de Mao, o queridinho do ocidente. Esta é a história de Li Cunxin - uma narrativa que poderia ter desaparecido, como as vidas de outros milhões de camponeses, em meio à revolução e ao caos. É uma história de coragem, de amor de mãe e do anseio por liberdade de um jovem. O relato belo e precioso de uma vida inspiradora contado com honestidade."


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Jogos Vorazes - Resenha

Sinopse:
"Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?"

Confesso que assisti o filme antes de ler o livro. Quando estava no cinema, fiquei na ponta do assento, desesperada pra ver o desenrolar da história. Me prendi desde o primeiro momento e amei cada segundo do filme.

Já o livro, é outra história. Não digo que seja um livro ruim, de forma alguma, só achei o desenvolvimento da história muito lento em comparação ao filme. Talvez esse seja um problema, comparar filme com livro.

O livro é narrado pela personagem principal, Katniss Everdeen. Sua personalidade é enfadonha e infeliz, o que me cansou profundamente por conta de todos os seus pensamentos serem o centro do desenvolvimento da história. Apesar disso, os acontecimentos ao redor de nossa querida Kat não deixam de ser emocionantes. A história é genial, cheia de críticas e pensamentos a respeito do desenrolar da humanidade.

Por mais que eu não tenha gostado da personalidade de Katniss, não significa que eu não tenha gostado dela. Amo o fato de que ela é humana, com sentimentos humanos, é imperfeita e tem medos e aflições. Ela é uma personagem fácil de se identificar, pois suas decisões são repletas de seus pensamentos sinceros, e por pior que ela possa fazer, ela nunca deixa de ser genuína. Ela é, afinal, uma jovem adolescente, situada em um meio totalmente coercitivo. Amo o fato dela não ser perfeita, isso a traz mais perto de nós, leitores.

Jogos Vorazes se passa em um futuro (espero que muito distante) onde o país é dividido por diferentes distritos. Cada distrito é responsável por alguma matéria prima para o sustento do país e principalmente da Capital. Uma vez, um dos distritos (13) tentou se rebelar e foi, por consequência, exterminado. Depois disso, a Capital organizou um jogo anual em que dois participantes de cada distrito devem ir a um tipo de reality show em que só um pode vencer, e que para vencer, eles devem se matar. O ultimo a sobreviver, ganha. Não é surpresa que nossa personagem principal acaba tendo que ir a esse jogo.

"Mas ele se tornou muito mais do que um companheiro de caçada. Ele se tornou meu confidente, alguém com quem eu podia dividir os pensamentos que eu nunca podia dar voz dentro do muro. Em troca, ele confiou em mim. Quando estava fora na floresta com Gale... Às vezes eu era feliz de verdade."


Flor do Deserto - Resenha

Sinopse: 
"Waris Dirie, nascida numa família nômade no deserto da Somália, sofreu mutilação genital como muitas garotas de sua tribo. Para fugir de um casamento não desejado, atravessa a pé o deserto africano até chegar à capital, Mogadíscio, e daí a Londres. Apesar de ter uma vida inicialmente acidentada, Waris, já em Londres, se tornaria modelo de projeção internacional, chegando inclusive a estrelar um filme de James Bond. "


Flor do Deserto foi um livro que definitivamente mudou minha vida.
Autobiografia de uma africana, conta a história de Waris Dirie, modelo famosa que chegou até mesmo a aparecer em um dos filmes de James Bond (conhecido também como nosso querido 007).

Waris, ao escrever sua história de vida, tem como intenção trazer à consciência popular a pratica desumana da circunscrição feminina.

Repleto de detalhes, esse livro é de prender a alma e o coração. Me vi questionando e pensando a respeito de coisas que jamais nem imaginava que aconteciam.

Sua vida foi repleta de lutas e dificuldades extremas, mas ela conquistou o mundo. Penso que a leitura desse livro é de grande acréscimo a qualquer um. Recomendo com a mão no coração e um sorriso ao me lembrar de cada conquista dessa grande mulher.

A Culpa é das Estrelas - Resenha

Sinopse: 
"A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas."

Tenho muitos sentimentos com relação a esse livro. Sim, eu gostei da história. Não, não tanto assim. De maneira geral, foi uma leitura muito gostosa, mas infelizmente houveram pontos que não me caíram bem.

Primeiramente, gostaria de colocar aqui que eu adorei os personagens. Hazel é uma graça e sua paixão, Gus, é um dos meninos mais simpáticos do mundo literário. Amei o fato de que eles, apesar de doentes, tem uma visão da vida positiva, e mesmo com todas as dificuldades deixam de ser simplesmente adolescentes com câncer para serem apenas adolescentes! Amo como eles não se definem pelo que tem em seus corpos, mas sim por quem realmente são.
Além disso, o final foi muito bom e me surpreendeu genuinamente (o que não acontece com tanta freqüência).

Apesar de todos esses aspectos agradáveis, houveram momentos na história que achei um tanto forçados e irreais. Não gostei também da maneira como o clímax ocorreu de maneira tao súbita.
Mesmo assim, são coisas pequenas considerando o geral da história.

'A Culpa é das Estrelas' é narrado por Hazel Grace, adolescente com câncer, obcecada por um livro e apaixonada por Gus, que também tem câncer. Ambos se juntam para encontrar o autor do livro preferido de Hazel com o intuito de lhe perguntar a respeito do fim da história do mesmo (que acaba
do nada. Eu iria surtar também).  Em meio a viagens e passeios, os dois vivem uma linda história de amor.

Enfim,  concluindo:

Recomendo, definitivamente!

“Agora era a vez dele de me ligar. Mas não ligou. Não que eu estivesse com o celular na mão suada o dia inteiro, olhando para o aparelho.” A Culpa é das Estrelas 

A Casa de Hades - Resenha

Mais um livro SENSACIONAL escrito por Rick Riordan. Tenho acompanhado todos os livros desde o primeiro da serie: Percy Jackson e os Olimpianos.
Sou totalmente viciada em fantasia e historias cheias de heróis e personagens cômicos. Esse livro é carismático, todos os personagens me cativaram de forma impressionante.
Recomendo 100%, não tem erro; é diversão garantida!

A historia conta a vida de Percy Jackson e seu constante papel em salvar o mundo.
Percy é filho de Poseidon e nessa segunda serie faz parte de uma  equipe de heróis que, juntos, tentarão impedir a ascensão da revoltadíssima Gaia. Cheio de acontecimentos surpreendentes, esse livro vai te prender e surpreender a cada pagina virada!
Se você ainda não leu os livros anteriores, corre, porque uma das maiores aventuras já escritas está a sua espera!