domingo, 29 de junho de 2014

Em Chamas - Resenha

Sinopse:
"Depois de ganhar os Jogos Vorazes, competição entre jovens transmitida ao vivo para todos os distritos de Panem, Katniss agora terá que enfrentar a represália da Capital e decidir que caminho tomar quando descobre que suas atitudes nos jogos incitaram rebeliões em alguns distritos. Os jogos completam 75 anos, momento de se realizar o terceiro Massacre Quaternário, uma edição da luta na arena com regras ainda mais duras que acontece a cada 25 anos. Katniss e Peeta, então, se veem diante de situação totalmente inesperada e, dessa vez, além de lutar por suas próprias vidas, terão que proteger seus amigos e familiares e, talvez, todo o povo de Panem."

Após os jogos, Katniss acha que está livre de toda aquela pressão da capital, mas mal sabe ela o que incitou nos distritos após seu ato desafiador contra o sistema. É engraçado como ela nunca fez nada pensando na revolta ou algo do tipo. Katniss só queria sobreviver, e se recusava em ter que matar alguém que amava. Ela não queria rebeldia dos distritos, muito menos uma guerra. Gosto como ela é nesse aspecto, por que na verdade, ela não é uma grande heroína, ela é apenas uma garota no meio de uma bagunça que ela sabe que não tem como arrumar. Todas as iniciativas com intenção de guerrear contra a capital e o sistema não foram elaboradas por ela, e sim feitas de forma com que ela estivesse no meio. 
Na primeira metade do livro, Katniss e Peeta continuam com a novela de amor eterno, marcam casamento e tudo o mais. Seguem pelos distritos como campeões e acabam vendo o que está acontecendo dentro dos mesmos. Katniss fica extremamente chocada e está disposta, em primeiro momento, a fazer o necessário para apaziguar o governo. Mais uma vez ela demonstra o desejo por sobrevivência acima de tudo. Ela não está interessada numa história de amor (o que não a impede de se envolver com Peeta e Gale), ela só quer viver o suficiente para ver o amanha. 
Gostei demais de ver o outro lado do Estado nesse livro, porém achei um tanto forçado (por mais que fizesse sentido) que os campeões tivessem que voltar aos Jogos. Talvez foi meu lado ingênuo que ficou irritado em ver seus queridos personagens terem que quase morrer novamente. Apesar disso, amei conhecer outros participantes dos Jogos e poder ver seus lados humanos tanto quanto selvagens. Por que no fim, por mais que "na hora H" possam ser inimigos, todos eles não deixam de estar no meio de um sistema absurdo, revoltados. 
No todo, achei o livro muito bom e envolvente; de certa forma até melhor que o primeiro da série. O desenrolar da trama teve um ritmo muito bom e tiveram momentos essenciais para a compreensão da política do estado. O clímax foi genial e o final realmente te faz querer sair correndo atrás do próximo com certa urgência. 

"Peeta me coloca na cama e me dá boa noite, mas pego a sua mão e não o deixo sair, não quero que ele vá embora. Na realidade, quero que ele se deite na cama comigo, que esteja ao meu lado quando os pesadelos chegarem."

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