sábado, 5 de julho de 2014

O Código da Vinci - Resenha

Sinopse:
"Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. Momentos antes de morrer, Saunière consegue deixar uma mensagem cifrada na cena do crime que apenas sua neta, a criptógrafa francesa Sophie Neveu, e Robert Langdon, um famoso simbologista de Harvard, podem desvendar. Os dois transformam-se em suspeitos e em detetives enquanto percorrem as ruas de Paris e de Londres tentando decifrar um intricado quebra-cabeças que pode lhes revelar um segredo milenar que envolve a Igreja Católica. Apenas alguns passos à frente das autoridades e do perigoso assassino, Sophie e Robert vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci e se debruçam sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental - da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal."

Depois de todo alvoroço que esse livro provocou quando foi lançado, só recentemente tive a oportunidade de lê-lo. E devo confessar: não achei NADA demais. É um livro totalmente viajado, tendo muitas das coisas de maneira extremamente forçosa a ponto de não ser nem mesmo remotamente críveis. 

Ok, Robert é historiador, especialista em símbolos; mas os enigmas e descobertas são MUITO forçados. O autor foi ao extremo pra tentar fazer seu personagem um cara sensacional, e tudo mais, mas meu... Eu lia e simplesmente não me caia, eu não consegui 'comprar a ideia' do personagem principal. Ele só conseguia as brilhantes idéias de ultima hora (lógico, pra ficar mais emocionante), seus sentimentos pela mocinha foram totalmente empurrados (o autor tentou colocar um romance, totalmente sem sucesso) e parece que a história só se desenrola ao acaso, ele não sabe lidar com a situação, ele só estava lá por estar.

 Na minha opinião, Sophie foi muito mais personagem principal do que ele. Ela tem mais personalidade, confiança, atitude e etc. Porém, o drama que a envolve na trama é totalmente previsível e óbvio e seu comportamento nem sempre é coerente. 
Pra piorar ainda mais, o conteúdo "histórico" foi de uma tosquice imensurável. Muitas vezes revirei meus olhos ao ler o livro, pensando: "isso tem que ser piada". Não digo isso em referencia a Jesus ter ou não ter tido uma esposa. Isso foi o de menos, e poderia até ser interessante. Mas pensar que Jesus e Madalena eram realeza??? Querer matar a descendência deles?? Pra que?? Guardiões? Toda essa teoria da conspiração é absurda e nada acreditável. Todas as consequências que eles dizem como 'fim de mundo' se todo mundo ficar sabendo são extremistas demais. Se algo do tipo acontecesse, NADA ia mudar. Fé é fé. E mesmo assim, por que deveria mudar? Casamento nunca foi colocado como pecado pela igreja. Jesus é filho de Deus, é Santo, nunca pecou. Ponto.

Mas como disse antes, esse não foi o maior problema. Todas as outras teorias históricas envolvendo a idade medieval e a criação da igreja são extremamente fantasiosas. Qualquer um que prestou um pouco de atenção nas aulas de história percebeu (ou pelo menos estranhou) muitas das justificativas do drama como sendo absurdas. Em resumo, se Robert realmente existisse, não seria levado a serio pela comunidade científica. Outro aspecto tosco, na minha opinião, foi a justificativa do título. Colocaram o Da Vinci no meio da teoria da conspiração. Ele era um dos guardiões do segredo, assim como vários outros personagens históricos. Mesmo? Sério? É pra eu achar isso incrível e pensar: nossa, que legal?!? Sério, me irritei com essa premissa forçada. (Sim, já disse isso varias vezes, mas é a palavra que melhor descreve essa historinha) 

Esse livro não é nem divertido no quesito de ação e aventura por ser totalmente previsível. Tive a sensação de estar vendo uma novela, por saber o que ia acontecer em cada momento. Achei um livro bobo, fraco.

Apesar de tudo isso, não é uma perda total de tempo, é uma leitura fluida pelo menos. Mas não recomendo, tem muitos outros livros com tramas MUITO melhores para você se divertir e se emocionar. Acho que se esse livro não falasse de Jesus envolvendo-o em um "escândalo", não teria tido o sucesso que teve. Muita gente leu o livro na curiosidade, como eu. Fiquei bastante decepcionada, estava esperando uma história muito mais sensacional por toda a repercussão que gerou. 

"A morte iminente é uma grande motivação."

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